quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Rodadas de Poemas com Sonia Alves



De Sonia Alves
Mulher altaneira



Tenho a negritude incrustada n’alma
Ouço a voz d’África nos acalentos, nas histórias,
Contadas e cantadas por meus ancestrais,
Possuo o requebro, os encantos, a faceirice...
Possuo a sensualidade da mulher verdadeira.
Sensual, não animal, como lembra o rótulo “mulata”.
Sou fêmea sensual, companheira, parideira...
De “mula” não tenho nada, tenho intelecto.
E no meu viver, traço meu perfil da altaneira.
Temos tantos exemplos da história!
Mulheres inteligentes, guerreiras, sensíveis, belas...
Nesse espaço, rendo o meu tributo a todas elas,
Adalgisas, Adélias, Angelicas, Arabelas,
Balbinas, Beneditas, Berenices, Belarminas,
Catarinas, Celestes, Clementinas, Coralinas,
Dirces, Dercis, Dolores, Domingas,
Elisas, Elsas, Emílias, Eufrásias, Franciscas
Geisianes, Iolandas, Iones, Ildas, Irenes,
Jandiras, Josinas,
Julianas, Juremas, Lecis,
Leilas, Lelias, Lias, Lindauras, Luzias,
Marias, Matildes, Neusas, Pedrinas, Rosanas,
Silmaras, Silvias, Sofias, Solanges,
Teresas, Wilmas, Zenis, Zélias.

Um comentário:

  1. Que lindo, amei! Amo poesias onde a mulher é foco e essa está maravilhosa. Bjão

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