Paulo
Ras
Calma. Não bata a porta. Não mate
a sorte.
Espere o dia não raiar. Veja o
parto do sol.
Veja a preguiça bolinando a
cidade. Volte.
Cobiça minha clara e alva manhã
Como um tom ametista em tua pele
rubi.
Sucumba ante tanto. Ante o canto.
Lamba o vento. Desfolhe a chuva e
acalme.
O dia vem vindo. Não deixe o
leito.
Deixe que esse beijo de noite te
adormeça.
Manhãs tolas virão.
Não perca a vida em tão diversos
lençóis,
Não viva a vida em tão perversos
nós.
Cala-te. Amordaça-te.
E descubra entre as flores dos
teus lampejos
As sempre perdidas pétalas de tesa
saudade.
Belissimo. Aplaudo.
ResponderExcluirQue belo e empolgante poema! Parabéns!!!
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