sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Rodadas de Poemas com Paulo Ras



De Paulo Ras
Impressão de Amor Ilógico 


Tu não vês,
porque sou cego.
Tu não me ouves,
porque sou surdo.
Não me falas,
porque sou mudo.
Não me amas,
porque não existo.
Não andas,
porque sou inerte.
Não vives,
porque estou morto.
Tudo que não és,
É parte do que sou.
Tudo que és,
É parte do que nunca serei.
Jogo sem rumo.
Do ilógico em meu peito e
Do jamais em minha vida.
Passos sem estrada.
Estas são pegadas incertas,
É uma vida a esmo,
Sem qualquer norte,
Sem sorte,
Sem morte.
Serei verão,
Morrerei inverno,
Caindo seco, um pouco sem eco,
Na secura do chão,
Porque nunca sou mais
que a metade de tudo
que passa por ti.

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