sábado, 13 de outubro de 2012

Rodadas de Poemas com José Alberto Sá



De José Alberto Sá
Inerte


A folha caía, deslizando ao vento
O vento soprava, na dança da nuvem
A nuvem embalava, no berço do céu
Melodia de doces encantos… Meu sustento
Natureza… Te admiro… Vem comigo… Vem
Natureza… Imensidão de beleza, de lindo véu.
A folha caía, deslizando suavemente
O vento soprava na dança das folhas
As folhas cantavam, ao vê-la cair de contente
Ao vento… À chuva, que pingava e na terra saltava
…em bolhas.
A folha caía no vazio, dançando num adeus
O vento soprava no infinito, daquela dança
As nuvens sorriam… Tal e qual…sorrisos meus
A folha caía, suave… Qual criança
Brincava bailando ao cair com o vento
A folha caía e quase no chão! Parecia chorando
Na melodia do vento, na dança das nuvens… Lamento
A folha caíra no chão, naquela queda foi amando
O vento acalmava, a nuvem parava… Terminou
A dança acabou…
A chuva parou…
Aquela folha … Fui apanhar…
porque ainda sou
o que mais a amei e continuo a amar.

Um comentário:

  1. Que beleza e quanta intensidade neste poema! José Alberto Sá escreve utiliza a magia da pluma para nos fazer viajar nos seus versos.
    Obrigada pelo momento raro!

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