De José Alberto Sá
Uma porta, uma luz...
Ajoelhado no escuro,
olhava a porta aberta
A luz ténue que entrava era
de cor lilás
Luz com vergonha, pouco
desperta,
de raios tristes desmaiados
no chão
Tentando iluminar meu corpo,
um corpo que jaz
Rezando… Olhando a luz da
minha reflexão
Olhava a porta aberta sem
vontade
Olhos húmidos, crivados de
amor
Boca seca… Boca calada pela
claridade
Mãos erguidas no meu rezar…
Senhor!
Esperava que alguém entrasse
Somente o silêncio sentia em
meu pensar
Esperava que alguém me amasse
E entrasse com a luz do meu
rezar
Lá fora nem o vento se fazia
Só o tempo continuava a
contar
Em relógios do meu sonhar
Numa porta aberta que nada me
trazia
Somente uma luz ténue de cor
lilás
Ganhei coragem e espreitei o
lado de fora
Caminhei ao encontro da luz
Uma luz que me abraçou sem
demora
Uma claridade de amor…
Presença de Jesus
Reflectida na cor lilás do
meu sonhar
Uma porta aberta para Deus
Uma luz Ténue pelo medo e
ingenuidade
Luz de amor e desejos meus
Numa porta aberta à verdade
Ao medo de acreditar
Que existe sempre uma luz
lilás
Pronta a nos amar
Nas portas da frente, nas
portas de trás
Parabéns Zé pela coragem de mostrar a sua crença, a sua fé, enfim, despir-se na poesia. Os seus versos expressam pureza com sabor de lirismo.
ResponderExcluirAbraços de Sonia Alves