terça-feira, 9 de outubro de 2012

Rodadas de Poemas com José Alberto Sá



De José Alberto Sá
Uma porta, uma luz...



Ajoelhado no escuro,
olhava a porta aberta
A luz ténue que entrava era de cor lilás
Luz com vergonha, pouco desperta,
de raios tristes desmaiados no chão
Tentando iluminar meu corpo, um corpo que jaz
Rezando… Olhando a luz da minha reflexão
Olhava a porta aberta sem vontade
Olhos húmidos, crivados de amor
Boca seca… Boca calada pela claridade
Mãos erguidas no meu rezar… Senhor!
Esperava que alguém entrasse
Somente o silêncio sentia em meu pensar
Esperava que alguém me amasse
E entrasse com a luz do meu rezar
Lá fora nem o vento se fazia
Só o tempo continuava a contar
Em relógios do meu sonhar
Numa porta aberta que nada me trazia
Somente uma luz ténue de cor lilás
Ganhei coragem e espreitei o lado de fora
Caminhei ao encontro da luz
Uma luz que me abraçou sem demora
Uma claridade de amor… Presença de Jesus
Reflectida na cor lilás do meu sonhar
Uma porta aberta para Deus
Uma luz Ténue pelo medo e ingenuidade
Luz de amor e desejos meus
Numa porta aberta à verdade
Ao medo de acreditar
Que existe sempre uma luz lilás
Pronta a nos amar
Nas portas da frente, nas portas de trás

Um comentário:

  1. Parabéns Zé pela coragem de mostrar a sua crença, a sua fé, enfim, despir-se na poesia. Os seus versos expressam pureza com sabor de lirismo.

    Abraços de Sonia Alves

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