De
Paulo Ras
É em tudo que vejo que me perco.
É em tudo
que amo que me iludo.
É em tudo
que vivo que respiro.
E na intensidade
do meu peito.
E nas
loucuras do que eu sinto
É que
termino poeta.
É em tudo
que perco que choro.
É em tudo
que choro que morro.
E dessas
dores enterradas,
Ardem-me as
cicatrizes.
É em tudo
que sussurro que berro.
É em tudo
que berro que me selencio.
E nesse
eterno antagonismo,
Vivo
berrando em silêncio,
Pois anuncio
o que ninguém ouve,
Vou, pois
encaixotar meus pulmões e berrar menos.
Talvez
alguém queira ouvir a melodia do meu ciciar.
Lindo! De vez em quando a vida é antagonica mesmo...
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