sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Rodadas de poemas com Gilberto de Almeida



De Gilberto Almeida
A rocha



Quando a moral é uma rocha,
nem o vento a arranha
nem a água a esculpe
e a rocha não se deforma.

Quando a moral é o amor,
vem o vento e refresca,
vem a água e refresca
e o amor não se deforma.

Quando amor é uma rocha,
vem o vento e arranha,
vem a água e esculpe.

E o calcário da rocha se espalha pelos vales,
vai adubar o solo,
vai semear a paz
e fazer renascer, mais verde,
menos duro, mais flexível e mais verdadeiro,
o próprio amor.

2 comentários:

  1. O amor concreto... o amor abstrato... o amor sem palavras... o amor sentido !

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  2. muito legal o incentivo! gostei muito do que escreveste aqui

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