De João Esteves
Versejo insone
Não havendo como
conciliar o sono
nada a fazer, ponho-me
a monologar
nesse modo insólito
e que me é bem próprio
de no solilóquio
lesto, divagar
Voo de passarinho
pra longe do ninho
curtindo o caminho
livre pelo ar,
pilho-me sozinho
sinto-me mesquinho
minto-me um tantinho
só que vai passar!
Pleno adejo, vejo
gente, afã, desejo
um penhasco, um seixo
- vou-me estatelar!
só me lembro o beijo
de cair o queixo
queixo-me mas deixo
isso me levar
Pegando corrente
seja fria ou quente
voo indiferente
pra qualquer lugar
já fico contente
de pensar que, à frente
vou, possivelmente
a você chegar
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