pensar incomoda como andar à chuva
quando o vento cresce e
parece que chove mais
não tenho ambições nem
desejos
ser poeta não é ideia minha
é apenas uma maneira de
estar sozinho
e com todos ao mesmo tempo
mas se desejo, às vezes
por imaginar, ser
cordeirinho
ou ser o rebanho todo
perdoem-me, sou falho
procuro esquecer o que
aprendi
olvidar a lembrança
do que me ensinaram
e queimar os livros em que
escreveram
todos os meus sentidos
então gozar emoções
verdadeiras
descobrindo meu ser real
para tornar-me mais humano
e divino
assim vivo e escrevo
ora bem, ora mal
ora acertando o que quero
dizer
ora errando
mas seguindo sempre em
frente
como
um cego teimoso
teimoso em descobrir a luz
só assim serei alguém
pois é exatamente assim que
sou
filósofo, poeta, eu
o homem
Uili Bergamin nasceu em Bento Gonçalves- RS, no dia
02 de fevereiro de 1979. Destaca-se por sua escrita concisa, e pela busca das
palavras certas, que encaixam perfeitamente ao texto. Bergamin é também
colunista em jornais e revistas de circulação em Caxias do Sul e região, já publicou cinco livros, e ganhou
mais de trinta prêmios literários a nível regional, nacional e internacional.
Suas obras já são adotadas pelas escolas da cidade e região.
Nesse
momento ultrapassa as fronteiras entre a região Sul e o Nordeste do país com um
Intercâmbio Poético no projeto “Aquele Poema”.
Para saber mais acesse:
Interessante a poesia do Uili, pelo menos na minha análise não tem rima, o que me lembra uma ironia de dois colegas meus, eles diziam: "poesia tem que ter rima e métrica...", retruquei para eles na época: - E onde fica a semana de arte moderna de 1922 que rompeu com essa premissa? Os dois insistiram mas não me convenceram, esta ai o Uili para comprovar isso, poesia tem que ter beleza nas palavras...
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