domingo, 19 de agosto de 2012

Rodadas de poemas com Elias José


É Sempre Era Uma Vez...
Elias José


Era uma vez uma cachorrinha
muito alegre e assanhadinha.

Era uma vez um tal Marcelo
que se achava muito belo.

Era uma vez um tal João
que comia sorvete com feijão.

Era uma vez um cachorrão,
enjoado, latidor e folgadão.

Era uma vez um palhaço,
que só levava tombaço.

Era uma vez um sacristão,
que tocava sino com o dedão.

Era uma vez uma professora,
que teimava em ser cantora.

Era uma vez um safado prefeito,
que dizia: Não tenho defeito!

Era uma vez um meu colega,
que levou uma boa esfrega.

Era uma vez um músico italiano,
que, com pé, tocava o seu piano.

Era uma vez um aloprado cientista,
que passava xixi na vista.

Era uma vez um feioso estudante,
que se dizia muito belo e elegante.

Era uma vez uma desajeitada menina,
que misturava perfume com gasolina.

Era uma vez o famoso Chico Peão,
que contou vantagem e foi pro chão.

Era uma vez uma tal dona Inês,
que tinha cão listrado e gato xadrez.

E eu quero saber agora
o resto destas histórias.

Conte de uma só vez,
quando chegar a sua vez.

Um comentário:

  1. Poeta do cotidiano o Elias José, poesia simples sem muitos rebuscamentos, uma produção sossegada!

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