Mulher,
poeta mulher
Desempoeirava
as lembrançascom o aspirador de pó.
Arrumava as saudades
na cama.
Guardava as dores
nos armários.
Acendia a alma
no fogão.
Temperava os desejos
nas panelas.
Misturava na batedeira
as emoções.
Lavava as tristezas
na lavadora automática.
A ferro,
passava as ilusões.
Estendia nos varais
as alegrias patéticas.
Na centrífuga extraía
sua essência completa.
No teclado digitava
a vontade de ser poeta...
O bom de sua poesia Marisete, é a facilidade que você tem, em transformar as coisas corriqueiras e cotidianas em poesia; lugares, pessoas, sentimentos, moveis, utensílios, enfim, tudo que o ser humano lida diariamente... Considero isso muito bonito!
ResponderExcluirQue linda criação amiga Marisete, fiquei feliz em vê-la por aqui. Bjão
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