De Elisa Lucinda
A aula de Recreio
Amo esse rio como se ama um menino.
A chuva que ajuda a caminhar melhora meu destino.
O sol na tarde da Vila confirma a vocação destas tardes para o papel de paraíso.
Queria que ele estivesse aqui comigo,
Ele, o amor que também é amigo.
Quem ficou na cidade mora em meu peito.
Comigo.
A chuva que ajuda a caminhar melhora meu destino.
O sol na tarde da Vila confirma a vocação destas tardes para o papel de paraíso.
Queria que ele estivesse aqui comigo,
Ele, o amor que também é amigo.
Quem ficou na cidade mora em meu peito.
Comigo.
Como sabe agradar minha dama e rondar minha fêmea,
não sai do meu pensamento.
Mas agora meu serviço aqui é atravessar o rio no assovio do vento.
Dormir nele aconchegada como se leito real fosse,
a receber sua água doce.
não sai do meu pensamento.
Mas agora meu serviço aqui é atravessar o rio no assovio do vento.
Dormir nele aconchegada como se leito real fosse,
a receber sua água doce.
Tem concha na palavra aconchego
Menino rio, que graça de amor, que amor de beijo inocente
tem a doçura de suas águas mornas e calmas,
tem o caminho claro e líquido onde desfila sua correnteza!
A água leva a pedra e por isso não está mais aqui
aquele pedaço de rocha da última primavera.
Menino rio, que graça de amor, que amor de beijo inocente
tem a doçura de suas águas mornas e calmas,
tem o caminho claro e líquido onde desfila sua correnteza!
A água leva a pedra e por isso não está mais aqui
aquele pedaço de rocha da última primavera.
Não mais no mesmo rio impera aquele grande seixo meio sépia meio dourado
meio negro que julgávamos firme e capaz de sustentar nossos corpos,
de dar apoio ao salto, trampolim ao desejo.
Pois que a pedra foi levada pela água para outra parte da maleável
estrada, provando que de fixo mesmo não há nada.
O menino rio me ensinara que nem sempre o mais duro é o mais forte.
O menino rio me ensinara que nem sempre o mais duro é o mais forte.
Sem precisar de muito volume o que é água penetra no sólido
e tira da terra sua estrutura de chão e o solo revolve.
Por um momento, enquanto areia e água se fundem,
o que ali morava, baila, dança, se move.
e tira da terra sua estrutura de chão e o solo revolve.
Por um momento, enquanto areia e água se fundem,
o que ali morava, baila, dança, se move.
Na infinita brincadeira que também é aula me divirto
enquanto tiro boas notas, eu acho. Vejo na face da professora.
Com aprovação, me olha serena da cabeceira do rio,
seu trono de ouro de onde ministra as matérias do verde reino.
Senhora da persistência, sorri e me diz que não há conquista sem paciência.
enquanto tiro boas notas, eu acho. Vejo na face da professora.
Com aprovação, me olha serena da cabeceira do rio,
seu trono de ouro de onde ministra as matérias do verde reino.
Senhora da persistência, sorri e me diz que não há conquista sem paciência.
Meu pensamento nada até a cidade para buscar o amor
E fazer amor com ele no rio.
Ele vem, eu suponho.
Na tarde onde me rio,
tudo aqui é sonho.
E fazer amor com ele no rio.
Ele vem, eu suponho.
Na tarde onde me rio,
tudo aqui é sonho.
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É sempre maravilhoso sentir a pungência da poesia que divulga! Muito obrigada pela emoção sentida.
ResponderExcluirMuito lindo!
ResponderExcluirAdorei, mesmo só comentando no grupo eu leio o que todos escrevem, só não sabia como deixar o comentário aqui.
Mas minha amiga do grupo,ensinou-me, agora consigo.
Parabéns é lindo, como disse ontem.Deixo aqui para ver que eu venho aqui.Beijos!!!
Dulce Morais, é sempre muito bom ler os teus comentários. Obrigada por tua presença!!!
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