Retrato
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília
Meireles
Poema de Cecília Meireles por Paulo Autran
Por ser do gênero masculino, dotado em si para suportar tudo em mais intensidade; esforço físico, intempéries, dor,enfim, pressões nas mais diversas nuances. Por ter essa estrutura, três outras situações humanas me despertam um profundo respeito; as crianças, as mulheres e os velhos. E os velhos ultimamente principalmente, estou indo para essa fase a galope ligeiro...Inesquecível Cecília!
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