Depois de receber 400 mil visitantes no Brasil, a exposição chega a Lisboa em um museu que fica a poucos minutos do lugar onde o escritor nasceu.
A exposição "Fernando Pessoa, Plural como o Universo", iniciativa da Fundação Roberto Marinho, chega à cidade natal do poeta.
Podia ser em Londres, Tóquio ou Nova York, o público iria do mesmo jeito. “Fernando Pessoa é universal. Então essa pessoa amava a língua, a língua portuguesa em especial, mas também a expressão, a palavra, seja qual for a língua”, diz o curador da exposição, Richard Zenith.
Depois de receber 400 mil visitantes no Brasil, a exposição, concebida pela Fundação Roberto Marinho, chega ao museu, que fica a poucos minutos do lugar onde Fernando Pessoa nasceu.
Uma das expressões mais famosas de pessoa é "minha pátria é a língua portuguesa". E poucas vezes a frase do poeta foi tão verdadeira quanto agora. Uma exposição em Lisboa, importada do Brasil, enriquecida em Portugal e preciosa para o mundo inteiro.
Na escuridão, é possível mergulhar nas muitas vidas de um escritor que assinou os textos com 72 nomes diferentes. Cabines mostram a obra dos heterônimos: Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Bernardo Soares. Cada um com estilo próprio e que às vezes até brigavam entre si. Todos eles têm um ponto em comum: só existiam na cabeça de Fernando Pessoa. Em Portugal, a exposição ficou ainda maior, com peças históricas e a chamada arca do tesouro, onde o poeta guardou 25 mil manuscritos, que só foram descobertos quando ele morreu. Do Brasil veio a tecnologia que encanta os portugueses, com versos que parecem escritos no ar.
“Os brasileiros estão de parabéns por fazer esta exposição que nós não fizemos e virem cá fazer onde ele nasceu, estão de parabéns”, diz uma portuguesa.
Poesia portuguesa, música brasileira. Quase 80 depois de morrer, Pessoa continua unindo os dois lados do oceano. Um poeta que conseguiu ser muitos e não ter sotaque nenhum.
Edição do dia 13/03/2012
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