terça-feira, 26 de março de 2013

Homenagem Poética



De Paulo Ras
Aquele Poema




Sai o sol de um ardente imenso.
E a voz de arribação rasga o céu do meu peito.
Foram as minhas letras que emigraram.
Partiram e encontraram de repousantes ventos
A casa de poesia de distante solar.
Vozes de encantamento cantaram aves.
Aves de letras melodiaram em bocas infantes,
Lábios de desenriachar olhos de poeta.
Coração de poeta é carne também.
É músculo também.
É sangue também.
Coração de poeta é de destemida infância
E recanta com tuas vozes os curvilíneos
Dos poéticos tons das tramas tecidas de letras.
Crianças cantam,
Poeta clama,
Poeta chama,
Poeta chora.
Poeta é assim.
Gente de chorar grande.
Gente grande de chorar poeta.
Estranhante é esse poeta.
Que fala de dor,
Mas chora no pio dos pássaros.
Mas poeta é assim.
Intenso.
Insano.
Desapropriado das coisas.
E cirandeando infante
Se cirandeia com os pios.
Viagem ao distante de calor.
Mormaço de amores.
Crianças-poetas.
Derramadas em letras.
Sob as bênçãos da lua maestrina.
Som sob sonoros aplausos
Das coisas de Deus.

Um belíssimo presente do poeta Paulo Ras, amigo e parceiro do projeto Aquele Poema.

Um comentário:

  1. " Poeta é assim. Gente de chorar grande". Fabuloso!!! Encantada!!!
    Beijos minha queida Gerlane e parabéns Paulo Rás, pelo poeta chorar grande.

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